15 de abril de 2010

RESERVA MARINHA DE CASCAIS D. CARLOS I


Amigos,

Tendo em consideração o estado actual dos recursos marinhos na costa cascalense, de há uns anos a esta parte, tenho vindo a afirmar que é premente fazer-se alguma coisa no sentido de preservar a riqueza que ainda subsiste no mar de Cascais.
A ideia seria criar-se uma área delimitada com um estatuto especial de protecção de forma a minimizar o efeito nefasto da acção humana. Sem os exageros e fundamentalismos habituais em situações congéneres.
Dar possibilidade ao cidadão comum de usufruir de uma forma controlada esse mesmo espaço, onde se deve criar condições e meios de sensibilização e educação, aproveitando para incutir valores de respeito e preservação pela natureza e pelo meio ambiente.
Sendo cada vez mais urgente tomarem-se iniciativas neste sentido, muito em breve, também a União Europeia tomará posições drásticas e obrigará todos os países integrantes a adoptarem medidas eficazes de defesa e protecção do ambiente bem como da orla marítima (criando assim áreas de reserva, proporcionais às dimensões de cada jurisdição marítima).

Esta minha ideia, não terá que ser tal como a apresento, mas será um princípio para criar um grupo de amigos e de trabalho que consigam elaborar um estudo eficiente, quer no âmbito científico quer social de forma a pressionar as entidades competentes a tomarem alguma medida.

Um estudo que analise a situação actual do mar de Cascais no que se refere aos seus recursos marinhos, tipos e quantidades de explorações existentes e consequências objectivas que novas regras/leis possam ter ou afectar quem depende directa ou indirectamente do mar de Cascais.

Um estudo que avalie a viabilidade de se criar uma reserva marinha no mar de Cascais e que tipo/modelo de reserva.

Este estudo visa também recolher argumentos e dados para que possamos ter uma base sólida para contestar ou validar qualquer intervenção neste sentido, evitando assim o que tem acontecido no nosso país de se fazerem reservas de um dia para o outro e sem quaisquer estudos prévios.
Conhecendo muito bem toda a costa cascalense, tenho uma noção muito exacta de toda a evolução (das últimas três décadas) e do estado actual do mar de Cascais.
Este meu conhecimento e toda a minha devoção pelo mar obriga-me a tomar algumas iniciativas, não quero ser mais tarde apontado ou responsabilizado por nada ter feito no sentido de proteger o que está mesmo por baixo dos meus olhos.

A minha ideia é esta:
Reserva marinha de Cascais D. Carlos I
O Rei D. Carlos I, além de ser um pioneiro nos estudos da Oceanografia e da Biologia marinha em Portugal, mostrou também um manifesto afecto pela vila de Cascais, onde a sua presença ficou bem vincada. Na minha modesta opinião acho que esta homenagem faria todo o sentido.
Área a proteger: Farol de Santa Marta até ao farol da Guia, estendendo-se até à batimétrica do 15 metros de profundidade.
A área sugerida deve-se a todo o maciço rochoso existente, à extensão desse mesmo maciço no meio submarino, ás características físicas e geográficas que resguardam e protegem essa mesma área dos ventos e mar predominantes na nossa costa (estando só exposta às intempéries provenientes do quadrantes Sul) e é sem dúvida um local de eleição na costa Cascalense com possibilidades físicas para a criação de uma reserva.
Tenho a noção que é uma área pequena para a criação de uma reserva, mas dentro do que temos no litoral de Cascais é a possível e eficiente (contra algumas teorias).
Não sou apologista de exageros como no caso de Sesimbra/Arrábida.
Deveria ser proibida qualquer tipo de pesca ou recolha de organismos marinhos quer no andar supralitoral quer no mediolitoral.
Penso que deveria tratar-se de um local de acesso ao estudo, ao lazer e ao turismo mas onde qualquer tipo de actividade deveria ser totalmente controlada.

1 comentário:

Esox Fever disse...

Verdaderamente es necesario empezar trabajar en proyectos como el que comentas ya.

Estamos acabando con la riqueza de nuestros mares.